19.1.13

Bem, isto tem andado assim muito mortinho e sem actualizações. Já mudei algumas coisinhas no visual do blog, mas é muito subtil porque gosto bastante de como tem estado, embora já assim esteja há algum tempo.
Hoje venho promover o novo blog da minha irmã, é de um estilo assim diferente deste mas é muito giro mesmo. Se quiserem dar uma olhadela passem por lá.
Link aqui!

 Straightforward Black Dress

30.11.12

Hoje escrevo para ti. Para ti que já não escrevo à tanto tempo e quem me fez tanto mal, mas hoje escrevo e digo-te aquilo que não te sei dizer. Sempre fizeste parte da minha vida, nos momentos tristes e felizes, sempre me soubeste ouvir e aconselhar quando não tinha onde me apoiar e eu sempre te retribuí com tudo o que tinha e que te podia dar. Mas nem sempre foste correcto comigo, nem sempre respeitaste as minhas coisas e humilhaste-me como se fosse um boneco que pudesses brincar quando quisesses e atirar para o canto quando não precisasses ou já não "tivesse graça". Nunca me senti tão humilhada na minha vida, nunca senti que algo tão forte estivesse em cima de mim, não porque não tivesse forças para te repulsar mas sim porque abri demasiadas portas e tu entraste por elas como se fosse tudo teu, como se a tua ausência e presença com falhas não fosse notada.
Deixei-te voar, vi-te voar a meu lado e também nas minhas costas e não te cortei as asas porque sempre quis ver até onde conseguias ir, nunca as cortei porque gostava de ter ver voar, não tinha medo de ti, mas tu gostavas demais de voar longe do alcance do meu olhar e não te vi aproximar da última vez. Um perdão li eu nas tuas palavras, mas achas que é o suficiente? Dizes que mudaste mas sempre que me dizias isso vinhas pior do que tinhas ido, como posso eu saber se estás a ser sincero? Não posso, mas gostava de poder. Acredito que estejas diferente, mas não o suficiente para me dizeres se estavas arrependido. Arrependido? Bolas, às vezes até me surpreendo a mim mesma, será que alguma vez te sentiste mesmo arrependido?
Querias falar comigo, insististe como nunca, mas eu não te respondi. Não consegui. Mas ao mesmo tempo queria ter conseguido e falar contigo porque sabia o porquê das tuas palavras. Custou-me, mas custou-me mais as tuas palavras passadas e a forma como me trataste; só queria um pedido de desculpas, sincero e honesto. Mas mesmo depois disso continuo a preocupar-me contigo e a querer saber de ti e a ajudar-te mesmo que não vejas. Vou estar aqui mesmo que não me vejas e que não me sintas totalmente, mas só falarei contigo quando me mostrares que estás diferente e quando tiveres noção do que me fizeste e do que me tornaste.
Não sou melhor que tu, não te digo que sou perfeita e que tenha feito sempre tudo pela melhor forma porque não o fiz, mas aprendi com os meus erros ao longo do tempo, sei que não os volto a cometer.
Provavelmente nunca lerás isto, dei-te o link deste blog umas duas ou três vezes mas não está facilmente disponível, mas saberás logo que este texto é para ti. Continuo a não fechar portas para ti, embora já não tenhas muitas abertas. Preciso que sejas honesto comigo, sincero, vamos lá ver se o consegues fazer ou se vais continuar nesse registo. Sabes onde me encontrar.
M(R)

28.10.12

E se de um momento para o outro as coisas deixassem de fazer sentido e tu nada pudesses fazer para mudar o seu sentido? Quando já não existem sonhos e apenas vives o teu tempo sem qualquer tipo de caminho, apenas te deixas levar e vives aquilo que te dão, mas ao mesmo tempo a única coisa que precisas é ficar no teu canto sem nada nem ninguém a teu lado, porque quando precisas de alguém ninguém está contigo apenas porque não consegues falar das tuas preocupações, dos teus sentimentos porque sentes que ninguém te consegue ajudar, mesmo que hajam muito boas pessoas por aí.
Não dá para falar, as palavras são traiçoeiras e não têm sentido, apenas o teu coração as conhece e sabe o quão pesadas são. E vais ao fundo com elas. Sem te conseguires largar vais sendo arrastada até bem lá abaixo daquilo que alguma vez fosse possível imaginar.
Doce amargo passado, deixa-me viver o presente. Quero-te tanto mas tão longe e perto de mim. Volta e vai-te embora, ou afinal não foi o que sempre fizeste?

16.9.12

Volto a sonhar e é como se a realidade não passasse de um pesadelo nesse mesmo sonho. É assim tão complicado compreender ou será o problema meu e não me consiga defender como desejo? Mas mesmo assim, mesmo com todas as minhas palavras o que é que poderei fazer? Vou morrer à mesma sem te ter a meu lado e não sei como não o modificar. Foi sempre assim e assim o destino escreveu a nossa história, com uma caneta gasta de tinta, cansada das mesmas palavras de sempre, dos mesmos sonhos de juventude. Temos de mudar, quer dizer, tenho de mudar e começar a fugir enquanto ainda tenho algum tipo de caminho porque enquanto os segundos passam as minhas opções são cada vez mais diminutas e as portas fecham-se mesmo antes de conseguir escolher ou ver o que têm do outro lado.
A verdade, a felicidade foste tu que me a roubaste há muito e está nas tuas mãos libertá-la. Por favor, estou confusa com ela em ti, já não sei o que é e não certo para mim e não sou forte o suficiente para ir buscá-la, roubá-la de ti. Liberta o meu coração e dá-me o que sempre foi meu porque já vi que ao pedir que a guardasses só me trouxe ainda mais sofrimento e confusão; dá-me a minha paz.

5.9.12

Não sou nem nunca serei aquilo que desejam para mim. O meu espírito não é este, preciso de sentir aquilo de que tanto vós estiveram a fugir. Preciso do vento, preciso de ser parte do selvagem, de não ter regras nem viver para algo que tenha um fim definido, que seja diferente e não previsível. Qual será o bom de seguir sempre uma linha recta? Que vontade de viver é que isso dá? Não, preciso de mais, de paz, de sossego, de estar longe do mundo mas perto de mim.
Estranho e abstracto, quero virar animal solitário, correr por onde ninguém foi e viver onde ninguém quer, sentir o que todos receiam e sorrir por todo o medo que vocês sentem do desconhecido e do diferente.
Não sou como vós, não vivo para o social ou me visto para agradar quem me olha, sou e vivo para mim. Deixei à muito de me importar com o que dizem, vivo na minha realidade e não na esfera que foi criada com um fim de não podermos sair. Posso não ser feliz todos os dias, mas quando o sou é sincero e isso basta-me. Chega de hipocrisia, minha gente.

3.9.12

Se me explicares como é possível eu talvez consiga entender, mas com a ausência das tuas palavras a única coisa que tenho é o teu silêncio e isso só me leva a um caminho.
Vou abrir o meu coração para ti, como sempre esteve e tu nem sempre o conseguiste ver. Eu continuo aqui, à espera de todas as mesmas sensações, de todas as coisas que me fazem sentir bem e é complicado que se possam substituir, continuo à espera daquele abraço que me faz parar o coração e desejar que tal nunca deixe de existir. Guardei-te só para mim, só para o meu coração, mas a realidade é que a minha mente ainda te chama, ainda chama por ti nas noites que sinto a tua ausência, na falta que os teus olhos fazem nos meus. Como é possível? Como é possível que continues tão "activo" assim em mim? Vejo-te e olho-te, mas os meus olhos querem mais e os meus sentimentos continuam tão presentes que é (quase) impossível não te incluir neles.
Apenas numa frase: Preciso de ti, e preciso que precises de mim de qualquer maneira, mas sem silêncios.
Serás sempre tu, mesmo que eu não o queira. Irás entrar no meu pensamento quando eu não estiver à espera, farás do meu coração teu quando assim o precisares e eu estarei aqui, para te ajudar sempre a levantar de todas as tuas quedas. Mas não me dês mais a ausência das tuas palavras, da tua voz.

(Continuas sempre em mim e mesmo que faça tudo esse "tudo" nunca será o suficiente para me afastar de ti).

11.8.12

Não sei porque voltei aqui, não sei qual foi o motivo pelo qual me senti tentada a escrever, mas o mais engraçado é que desta vez não escrevo para ti. É estranho, este lugar sempre foi teu, sempre foi fruto daquilo que eu pensava e imaginava teu, era o meu lugar para fantasiar o meu futuro, o nosso futuro, mas agora nada passou do que apenas um passado que já não pertence aos nossos dias actuais. Desta vez venho falar de mim e do que realmente sinto.

É estranho, sinto-me tão estranha, algo dentro de mim não funciona como antes e sempre que olho para ti vejo o que sempre vi e o que sempre quererei ver. Roubaste parte do meu ser há muitos anos atrás e incrivelmente continuas a tirar-me todo o folego sempre que tenho uma miragem de ti. E tudo isto é tão estranho, tão difícil de aceitar e entender depois de tudo o que já vi da tua pessoa.
É verdade, às vezes dou por mim a não saber o que fazer, a reagir como uma criança agarrada ao seu primeiro brinquedo que lhe roubou o coração. Sim, sim, és tu, mesmo sabendo que nunca irás ler as minhas palavras nem imaginares que escrevo para ti. Às vezes gostava de te dizer o que queria realmente, mas a verdade é que tu não o consegues nem conseguirás dar, apenas só uma pessoa o pode dar e não és tu.
Não sei se conheces essa sensação, mas já me tiveste só para ti, apenas não... Não sei o que te dizer, sinto-me completamente... Mas ao mesmo tempo é tão... Porquê?! Bolas, é sempre a mesma coisa e tu sabes porquê, parece que tens algum gozo em fazer-me isto. Só sei que sou completamente absorvida pelos teus olhos, pela tua voz e pelo teu sorriso. Não! Isto tem de parar! Mas simplesmente não consigo tirar o olhar de ti... Diz-me o que fizeste comigo, por favor.

22.3.12

Deixei de conseguir escrever para ti. Simplesmente as palavras bloqueiam-se automaticamente na minha mente, não as conseguindo exprimir nem por pequenos sons quase indistintos. É estranho, sempre inspiraste o meu pensamento, a minha alma e saber que não consigo mais, que existe algo entre as minhas palavras que sempre fluíram com uma naturalidade sobrenatural assusta-me. Não deixo de me questionar o que mudou, o que existe de errado.
Não tenho dúvidas, apenas não tenho as certezas que tinha antes... Porquê?